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16/10/2011

EXTRATIVISMO

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O termo extrativismo, em geral é utilizado para designar toda atividade de coleta de produtos naturais, seja de origem mineral (exploração de minerais), animal (peles, carne, óleos), ou vegetal (madeiras, folhas, frutos...). Extrativismo significa resumidamente todas as atividades de coleta de produtos naturais, sejam estes produtos de origem animal, vegetal ou mineral. É a mais antiga atividade humana, antecedendo a agricultura, a pecuária e a indústria. Praticada mundialmente através dos tempos por todas as sociedades.

Já no século XX com o avanço das tecnologias e do crescimento populacional, o homem começou a perceber que esta matéria-prima oriunda dos recursos naturais eram esgotáveis. Desta maneira surgiram novas idéias com relação a sustentabilidade dos ecossistemas, as quais foram colocadas em prática através dos chamados projetos de desenvolvimento sustentável.

Assim, um novo perfil sobre as atividades extrativistas no mundo começou a ser delineado e as ações do homem com relação ao extrativismo sofreram profundas alterações, o que inicialmente tinha apenas um caráter ideológico passou à prática e as ações de sustentabilidade tornaram-se perceptíveis.

Extrativismo mineral


O ouro é um dos produtos econômicos mais importantes da Região Centro-Oeste do Brasil, ao lado do diamante e do ferro.

As riquezas minerais do Centro-Oeste são ainda mal conhecidas, mas mesmo assim a região se projeta como possuidora de excelentes reservas de ferro, manganês[2], níquel, cristal de rocha, ouro e diamante. O ferro e o manganês são encontrados em um grande bloco de rochas cristalinas, o Maciço do Urucum[1], que aflora em plena horizontalidade da Planície do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Embora abundantes, essas reservas são de baixa qualidade. Destinam-se ao abastecimento da usina siderúrgica Sobrás, em Corumbá, e o excedente é exportado para os Estados Unidos, Argentina e Uruguai. O cristal de rocha aparece em Goiás e também é destinado à Sobrás e à exportação, principalmente para o Japão. Em Goiás é encontrado ainda o níquel, enquanto o ouro e o diamante são extraídos, através do garimpo, principalmente em Mato Grosso.

1.       Maciço de Urucum: recebeu este nome pela cor de suas terras que se assemelha ao urucum)é um morro localizado na zona rural de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Famoso por ser a maior e a mais culminante formação rochosa do Estado, com altitudes que superam os mil metros. Em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, que se destaca o manganês tipo pirolusita e criptomelana (possui a maior reserva do Brasil e uma das maiores do mundo, podendo ser extraído 30 milhões de toneladas) e o ferro tipo hematita e itabirita (terceira maior do Brasil). Suas jazidas estão sob o controle das seguintes empresas: Companhia Vale do Rio Doce: privatizada pelo Governo Federal, é dona da Urucum Mineração; Rio Tinto: empresa de capital inglês e dona da Mineração Corumbaense Reunida.

2.       Manganês: O manganês é um metal de transição de coloração branco cinzento parecido com o ferro. É um metal duro e muito frágil, refratário e facilmente oxidável. O manganês metálico pode ser ferromagnético, porém somente depois de sofrer um tratamento especial. É importante para a fabricação de aços. É usado como despolarizador em pilhas secas. Também é utilizado em pilhas alcalinas .Também se emprega na obtenção de pinturas e na descoloração de vidro (tom esverdeado provocado pela presença de ferro).

Extrativismo vegetal

Coleta do látex da seringueira.

O extrativismo vegetal é uma atividade econômica importante sobretudo em áreas mais distantes dos grandes centros. Da imensa Floresta Amazônica, que recobre a parte norte da região, extraem-se borracha e madeiras de lei, como mogno, cedro, imbuia e outras. No sudoeste de Mato Grosso extraem o angico e a poaia, cujas raízes fornecem matéria-prima para a indústria farmacêutica; no Pantanal, a espécie de maior aproveitamento é o quebracho, do qual se extrai o tanino, utilizado no curtimento do couro; e no sul de Mato Grosso do Sul alternam-se o extrativismo vegetal e plantações de erva-mate. Na região Centro-oeste :

·         o Pequi.  Dele é extraído um azeite denominado azeite de pequi. Seus frutos são também consumidos cozidos, puros ou juntamente com arroz e frango. Seu caroço é dotado de muitos espinhos, e há necessidade de muito cuidado ao roer o fruto, evitando cravar nele os dentes, o que pode causar sérios ferimentos nas gengivas. O sabor e o aroma dos frutos são muito marcantes e peculiares. Pode ser conservado tanto em essência quanto em conserva.

·         o Baru (é um legume lenhoso, castanho com uma única amêndoa comestível, que amadurece de setembro a outubro. As sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. Animais silvestres e o gado consomem a polpa aromática do fruto, assim como seres humanos, in natura ou como geléia.

·         e a Bacaba (palmeira, que dá frutos em cachos com dezenas de caroços, possui polpa branco-amarelada, rica em um óleo, de cor amarelo-clara, usado na cozinha).

·         Os taninos são ingredientes importantes no processo de fabrico de curtumes. Isto é, no processo de transformação de peles (putrecíveis) em couros (não putrecíveis). A casca de carvalhos é tradicionalmente a principal fonte de taninos para esta indústria, apesar de atualmente serem utilizados também compostos inorgânicos. Existem diversas espécies vegetais que produzem taninos: Quebracho; Barbatimão; Angico; Mangue; Castanheiro europeu; Castanheiro americano; Aroeira; Cajú; Jurema preta; etc. No caso do Brasil a principal fonte de taninos é a Acácia negra, que é uma Mimosaceae originária da Austrália, com cerca de 200 mil hectares de florestas plantadas no estado do Rio Grande do Sul. Industrialmente a sua utilização não se restringe apenas aos curtumes, são tambem utilizados em processos de saneamento, tanto para água de adução como de efluentes líquidos; em processos de purificações de líquidos (combustíveis/gasolina); em processos de perfuração de poços (viscosidade da lama), entre outros.

São fontes de renda e existem leis que garantem a proteção dessas espécies e o acesso de qualquer cidadão aos seus frutos onde quer que eles estejam.

Extrativismo animal

O jacaré é uma das vítimas da caça predatória.

O extrativismo animal, representado pela caça, não possui expressão comercial regular e oficializada. Entretanto, praticam-se intensamente as atividades extrativas ilegais. A caça predatória tem como consequência a matança indiscriminada de jacarés e a extinção de inúmeras outras espécies de aves e animais terrestres, ocasionando grave desequilíbrio ecológico na região.

Entre os animais mais dizimados estão: a garças, caçadas por causa de suas penas; as lontras e ariranhas, devido à grande procura de suas peles no exterior; e os jacarés, cuja pele é utilizada na fabricação de cintos, bolsas, calçados etc.

É também relevante a pesca de grandes peixes de água doce em importantes rios.

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