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22/03/2014

COMO OS HUMANOS VIVIAM ANTES DA ELETRICIDADE

A vida antes da descoberta da eletricidade não era tão cômoda, pois não havia as facilidades existentes hoje. Não existiam os aparelhos eletrodomésticos e as pessoas tinham muito mais trabalho para fazer as tarefas do seu dia-a-dia. Para passar roupa, por exemplo, usava-se ferros a brasa, que tinha uma tampa que era levantada para se colocar a brasa lá dentro. Era necessária muita atenção, pois a fuligem podia cair do ferro e sujar a roupa limpa ou mesmo esquentar muito, chegando a queimar a roupa.
A geladeira, instrumento fundamental para se conservar os alimentos, também não existia. Assim, quase todos os dias era necessário fazer compras de frutas e verduras nas pequenas quitandas. As carnes eram mantidas cozidas, já prontas para o consumo, imersas em banha de porco, em latões.
Os banhos eram frios, ou com água aquecida nos fogões, na maioria das vezes a lenha e não a gás. A iluminação dos lugares era feita com lampiões.
Podemos perceber a eletricidade através do funcionamento dos aparelhos elétricos e eletrônicos, no transporte coletivo como o metrô, em aparelhos como rádio e televisão, chuveiros, computadores, telefones, dentre vários outros.



O nosso Brasil antes da modernidade

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Antigamente, cada povo ou país se virava como podia antes que os aparelhos modernos se espalhassem pelo mundo. Veja aqui como os brasileiros viviam sem:

O Ferro elétrico

Se lavar roupas já dava trabalho, imagine deixá-las tão esticadas quanto mandava a moda do século 19. Antes da eletricidade, a maioria dos ferros tinha uma cavidade onde se colocavam brasas quentes. Outros, nem isso, e era preciso esquentá-los direto no fogo, repetindo a operação sempre que esfriava. Para deixar a roupa mais lisa, usava-se farinha de mandioca e água para fazer uma espécie de grude fino que ficou conhecido como goma (daí a expressão “engomar a roupa”). Depois de seca, a peça era mergulhada em uma bacia que continha água e um pouco da goma e colocada ao sol novamente. Algumas mulheres também espalhavam cera de vela para dar mais brilho aos vestidos.

A Geladeira

Quando o escritor brasileiro Mário Souto Maior chegou com um refrigerador a querosene em Bom Jardim, interior de Pernambuco, a cidade parou para ver. “Foi uma loucura. Todo mundo ia lá em casa só para olhar o aparelho”, afirma Carmem Souto Maior, viúva de Mário. Ela não se lembra bem da data, mas foi só a partir da década de 30 que as famílias brasileiras começaram a comprar geladeira importada dos Estados Unidos. A principal mudança na casa foi o tamanho da despensa. “Antes, ela era enorme. Havia várias mantas de carne-de-sol e cestas cheias de ovos. Muita coisa estragava e o estoque tinha de ser maior”, diz Carmem. A outra vantagem do refrigerador foi variar o cardápio. “Finalmente, dava para guardar a carne crua. Antes, o melhor jeito de conservar era assando. E eu não agüentava mais comer carne assada!”

O Telefone

Antes de os aparelhos de telefone se popularizarem, o que só ocorreu a partir da metade do século 20, transmitir recados era penoso e demorado. Quem podia, contratava um contínuo, uma espécie de office-boy do século passado. “Quando ficava trabalhando em casa, sem aparecer na repartição, o ministro queria o contínuo perto de si, pronto para receber, introduzir ou mandar embora os visitantes, ou levar à secretaria, rapidamente, qualquer ordem de sua excelência. Naquele tempo não havia telefone”, escreveu Arthur de Azevedo no conto As Barbas de Romualdo. O primeiro aparelho telefônico brasileiro foi instalado na residência de dom Pedro II, em 1877, apenas um ano depois de a invenção ser patenteada pelo escocês Alexander Graham Bell.

O Ventilador

O calor dos trópicos deve ter sido a maior motivação para a patente que Américo Cincinatto Lopes registrou no Rio de Janeiro, em 1883: um ventilador doméstico. De acordo com o livro A Vida Cotidiana no Brasil Nacional, editado pelo Centro de Memória da Eletricidade, da Eletrobrás, o registro de Lopes chegou seis anos antes do projeto de ventilador portátil que George Westinghouse desenvolveu nos Estados Unidos. Antes disso, o jeito mais comum de refrescar-se nas casas e ruas brasileiras era usando leques ou outros materiais para abanar. Ambientes muito grandes e fechados tornavam-se um problema para arquitetos. Quando construíram o Teatro da Paz, na capital do Pará, em 1868, os responsáveis tiveram de desenvolver um sistema de ventilação especial. Sem isso, seria impossível ver ou apresentar qualquer espetáculo no teatro cheio de gente em uma cidade tão quente quanto Belém. Assim, criou-se um ventilador manual que era movido sobre o forro. As saídas de ar foram localizadas embaixo das cadeiras. Também por causa do calor, os assentos não podiam ser de couro ou tecido e, por isso, foram feitos de palha.

Fontes: A Vida Cotidiana no Brasil Nacional, Org. Marilza Elizardo Brito, Centro de Memória da Eletricidade, 2001.

História da Vida Privada no Brasil, Volume 1, Vários autores, Companhia das Letras, 1998.

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